quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cibercultura e simultaneidade

Viver em uma sociedade contemporânea em que, as informações são transmitidas simultaneamente. Possibilitou-me relacionar à simultaneidade no contexto da cibercultura. Faço alusão ao sistema nervoso do nosso corpo, não com tanta intensidade, pois o mesmo emite informações para o cérebro, mas, com algumas agilidades que acontecem também no mundo virtual. Este não nos prende a um “ponto- limite”, como afirma Levy (1993). Não há horizonte, nem ponto-limite, um "fim" no término da linha. Ao contrário, vivemos uma fragmentação do tempo, numa série de presentes ininterruptos, que não se sobrepõem uns aos outros, como páginas de um livro.

Durante a atividade Educação e Cibercultura com a professora Maristela Midlej, me foram proporcionadas situações em que me deixaram num mar de informações simultâneas, como o que pode vir.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Viver e sentir

O sentido sensorial cujo órgão é a pele, o tato, tem uma grande relevância na vida das pessoas, proporciona assim, que as mesmas sintam os diferentes tipos de texturas, sensações térmicas, dolorosas, de contato. Permite a nossa relação com o meio externo.
Logo pela manhã, ao acordar, senti com minhas mãos, o lençol que envolvia o meu corpo. De repente lembrei-me da proposta sobre a percepção do sentido sensorial. No mesmo instante comecei a degustar sobre o tema.
Pensando assim, iniciei o dia sentindo a textura das finas folhas da Bíblia que passava sobre os dedos e sentia a leveza do papel entre os mesmos. No trajeto de casa para a escola, fiquei a pensar que não só os membros superiores “mãos”, como também os inferiores “pés”, têm funções importantes para auxiliar as pessoas em diversas situações táteis.
Na rotina escolar, o uso deste sentido é importante, pois, é ele que nos auxilia e proporcionam a realizar os diferentes tipos de atividades. No momento da aula, observei as mãos das crianças tocando nos livros. O sentido tato fez a diferença, foi utilizando o tato que as crianças demonstraram seus sentimentos aos colegas por meio do aperto de mão, o abraço, e também no manuseio do matérial didático. Assim as crianças ampliarão os seus conhecimentos através do contatos com as coisas diferentes que estão no mundo.
O sentido tátil é fundamental para a existência do ser, percebe-se observando nas mais simples expressões realizadas pelas pessoas. A importância do tato é mais valorizada principalmente por pessoas que são desprovidas de determinados membros.


quarta-feira, 2 de junho de 2010

O que é realmente a leitura?

Compreendo que a leitura vai muito além do que imaginamos, como a autora Maria Helena explicita em seu texto “Falando em leitura”. O ato de ler é empregado em varias dimensões, vejo isso como uma bússola para orientar alguém a esquematizar o sentido de entender o espaço e tempo. Assim, a leitura também situa o leitor a estabelecer relação com o meio em que vive. Facilitando o mesmo a enxergar melhor os obstáculos que estão presentes no cotidiano.

Como diz Paulo Freire, a “leitura de mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquela”, essa idéia vem reforçar a minha, quando penso que a cada momento que passa, a leitura de mundo proporciona a ampliação das leituras que faço no tocante a organização das idéias e pensamentos e até o amadurecimento da personalidade enquanto ser humano.

Relaciono a idéia da leitura, assim, como a necessidade do uso dos alimentos necessários em uma alimentação adequada para uma pessoa viver saudável. Penso como seria o mundo onde as pessoas não pudessem ler as paisagens, pessoas, perspectivas de vida e as idéias. Posso até imaginar como seria esse mundo, mas prefiro ler o colorido do arco Iris o azul do céu e das águas, o verde das matas o colorido da diversidade, enfim, a leitura de mundo.

Como diz o poeta José Paulo Paes em seu poema “Como a água do rio que é água sempre nova. Como cada dia que é sempre um novo dia. Assim deve ser a leitura, uma leitura sempre nova, ou melhor, com um novo olhar.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA- FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO MUNÍCIPIO DE IRECÊ
CURSO DE PEDAGOGIA-ENSINO FUNDAMENTAL/SÉRIES INICIAIS
PROFESSORA: LÈOMARCIA CAFFÉ DE OLIVEIRA UZÊDA
CURSISTA: BRISA SENA NUNES, JOANA FERREIRA, NAURA CÉLIA.





Formação do Professor de Educação Infantil: limites e possibilidades


Historicamente, a formação do professor da educação infantil era extremamente pobre ou muitas vezes até inexistente e devido a essa desvalorização profissional, estes eram tidos como alguém que ficavam apenas na responsabilidade por cuidar das crianças enquanto seus pais trabalhavam no mercado de trabalho.
Neste contexto de Educação Infantil, compreendendo que o profissional vem, ao longo da sua trajetória, experimentando, diferentes exigências em relação a sua atuação. Tais exigências vêm sendo feitas em função da origem e determinação social das instituições de atendimento infantil e das transformações históricas nas sociedades que por sua vez, provocam mudanças nas concepções de infância.
Hoje, em pleno século XXI os professores de educação infantil do nosso país continuam às margens das políticas públicas, o descaso é nitidamente visível. As mesmas são vistos não como profissionais, mas sim como meras babás, já que o quadro de profissionais que atuam nesta área é na grande maioria composto por mulheres. O papel que devem executar fica-se resumido no cuidar e sabemos que a educação infantil vai muito mais além, inferindo principalmente, no futuro escolar bem sucedido das crianças que chegam à escola de Educação Infantil no início do desenvolvimento afetivo, cógnito e intelectual e social.
Entretanto, é constante no ambiente de educação infantil a desvalorização dos profissionais que atuam nessa área, pois essa situação é notória no seu cotidiano, logo convivemos na educação infantil com diferentes paradoxos entre a categoria, nos diferentes segmentos educacionais. Pensando assim, Kramer 2005, salienta em sua fala que “revertendo à situação atual no contexto brasileiro em que profissionais ganham não pelo nível que alcançam em sua escolaridade, mas pelo nível de escolaridade em que trabalham”. Constatamos, diante desta realidade que o desprestígio para com essa categoria permanece compondo o cenário, embora, podemos perceber algumas ações advindas do governo federal, a exemplo da implantação do Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (PROINFANTIL), porém os governantes municipais têm livrearbítrio para implantar ou não essa formação nos seus respectivos municípios, porém nós professores da rede municipal de Irecê não dispomos dessa formação do (PROINFALTIL).
Os profissionais da educação infantil são abdicados de crescerem profissionalmente, logo estes saem em desvantagem por não terem oportunidade para formação especifica, sendo submetidos à mesma formação pedagógica do Ensino Fundamental I. Contudo, e devido à falta de vontade de uma ação em conjunta das instancias municipais, estaduais e federal permitiriam aos educadores não só a formação, mas, sobretudo, formar educadores capazes de atuarem efetivamente, concebendo em especial, a tão almejada educação de qualidade direcionada no desenvolvimento cógnito, afetivo, social e cultural das crianças inseridas no contexto escolar.
Pensamos que a educação infantil deva ser concretamente a porta de entrada dos meninos e das meninas no ambiente escolarizado, com profissionais qualificados, sobretudo condizentes a área de atuação, não sendo aceito de goela a baixa a mesma formação exigida por lei constante na LDBEN/1996 que destaca no seu artigo 62:
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, em graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
(BRASIL, 1996 Apud VIEIRA, 2009, p. 11).

Percebe-se nesse artigo a generalização entre os segmentos escolares, ignorando a especificidade e a particularidade de cada modalidade. Para formar profissionais qualificados as leis deveriam estar articuladas à especialização por segmento de atuação educacional, considerando, sobretudo, o currículo. Pois, são notadas as enormes diferenças do currículo destinado à educação infantil para o currículo das séries iniciais. Essa condição de formação básica para educação infantil paralelo as séries iniciais soam como obrigatoriedade ao cumprimento de leis, impossibilitado a consistência do significado real da formação na efetivação da atuação de qualidade.
Logo, significa que as diferentes redes de ensino deverão colocar-se a tarefa de investir de maneira sistemática na capacitação e em serviço de seus professores sejam de creches ou pré- escolas. Enfim, os profissionais de educação infantil são responsáveis por imprimir uma base sólida de conhecimentos na trajetória escolar das crianças e dar-lhe boa formação, com as competências que lhes são atribuídas, para desenvolver uma educação de qualidade em nossas creches e pré-escolas.
Enfim, os limites para a garantia da qualificação dos profissionais de educação infantil são inúmeros. Pois os resquícios do pensar dos governantes, mesmo depois de tantas reformas significativas na educação, ainda permanece com poucos avanços em relação à educação infantil. Embora, os movimentos educacionais venham travando lutas para mudar esse cenário.
Cenário, que representa, até o momento: desigualdade entre as categorias no âmbito educacional, desprestígio dos profissionais, e em muitas vezes, são ignorados pelos próprios colegas do ensino fundamental I, através das ações que alguns demonstram ao receber as crianças advindas da educação infantil. Notamos que os conhecimentos adquiridos pelas crianças, anterior aos seis anos, muitas vezes não são considerados, fragmentando, assim o mundo das crianças, ou seja, o histórico de formação antes e depois da educação infantil.
Percebemos que as mudanças são emergências, este quadro que presenciamos dia após dia, não pode continuar. A formação é um direito do profissional e das crianças que adentram o ambiente escolar. Nada mais justo do que a formação em exercício e continuada, pois será através desta formação que os profissionais terão a possibilidade de refletir sobre suas ações decorrentes na sala de aula, melhorando suas atuações e contribuindo para alavancar muito mais o cenário geral da educação brasileira.


REFERENCIAS:
BRASIL. LDBEN/1996 Apud VIEIRA, Lívia M. F. A formação de professores e a educação infantil In Rev. Pátio Educação Infantil, p.10 -13. Ano VII. Nº. 19. mar/jun. Porto Alegre: Artmed, 2009.
KRAMER, Sonia. (org.). Profissionais de educação infantil: gestão e formação. São Paulo: Ática, 2005
KRAMER, Sonia. De que professor precisamos para a educação infantil? Uma pergunta, várias respostas In Rev. Pátio Educação Infantil – online. Ano I – N°. 02. jul/out. Porto Alegre: Artmed, 2003. Disponível em
KRAMER, Sonia. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: educação infantil e/é fundamental. Disponível em <>
Não sei se o que acrescentei estar coerente. Dêem uma lida. Estas tarde, liguei o PC as sete, pois aqui ficou sem energia até as cinco, +ou -. As seis, estava “prestigiando” a visita do prefeito no povoado. Acho que seria interessante incrementar um pouco mais.